Obesidade: Tire suas dúvidas

A Obesidade é um problema apenas estético? 
Não - A obesidade pode estar associada a uma série de outras doenças, contribuindo decisivamente para sérias complicações em seu organismo. Ela pode estar relacionada com a Diabetes Mellitus do tipo adulto, com a hipertensão arterial, com o aumento de triglicérides e do colesterol, com o infarto do miocárdio ou com acidentes vasculares cerebrais (AVC). 

A obesidade é sempre causada por um problema hormonal? 
Não - As causas orgânicas endocrinológicas ocupam, no máximo, 5% do total do quadro de obesidade. Aquela velha crença de que todos os indivíduos com peso exagerado apresentam um excesso de tecido gorduroso por causas hormonais é falsa. Por exemplo: uma deficiência do hormônio da tireóide leva a um quadro clínico chamado hipotireoidismo. Neste caso pode ocorrer obesidade porque a doença acarreta uma diminuição do metabolismo, que faz com que o indivíduo tenda a acumular gordura. 

A pessoa se torna obesa por problemas emocionais? 
Não - Uma série de estudos já mostrou que não existe uma personalidade própria dos que estão com o peso mais elevado do que gostariam. O que existem são decorrências emocionais pelo fato do indivíduo apresentar um quadro de sobrepeso e, por isso, se sentir um pouco à parte do mundo normal, humilhado, desmoralizado e envergonhado. Esse fato faz com que ele desenvolva determinados traços de caráter que são conseqüência e não causa da obesidade. 

Obesidade é falta de caráter? 
Não - Este é um dos grandes mitos que perduram, infelizmente, há muitos e muitos anos. Na verdade, sabemos hoje que a obesidade é uma doença e que obedece a uma série de causas. Não existe uma causa única. O indivíduo pode ter peso exagerado porque come muito ou porque gasta poucas calorias. Engordar e emagrecer depende de um balanço entre o que se come e o que se gasta de calorias. Esqueça esta idéia falsa, pois só vai prejudicar seu tratamento. 

Obesidade é doença de pessoas ricas? 
Não - A obesidade, na verdade, não escolhe sexo, idade ou classe social. É uma doença de pessoas ricas e de pessoas pobres. Em determinadas regiões do mundo, principalmente onde existe uma grande mistura de raças como no Brasil, é sabido que a obesidade predomina nas classes de baixa renda e principalmente em mulheres negras. Nos países emergentes chega mesmo a suplantar a desnutrição, como um problema de saúde. 

Para emagrecer é importante fazer uma dieta rigorosa? 
Não - De nada adianta o indivíduo fazer uma dieta rigorosíssima e depois voltar a comer da mesma forma. Como também é inútil, comer muito pouco pensando que vai curar sua doença, porque ela vai voltar assim que ele deixar de comer muito pouco. Para que haja sucesso no tratamento da obesidade é fundamental que o indivíduo não feche a boca, mas que ele aprenda a deixá-la aberta para comer com mais controle, dentro de seus hábitos do dia-a-dia. O fundamental é aprender a comer. 

Para emagrecer, devo abolir totalmente o açúcar? 
Não - Num programa de emagrecimento você não deve abandonar totalmente nada. A pessoa pode comer de tudo, desde que tenha um controle do que come. Se tivermos de selecionar alimentos que sejam mais perniciosos, mais prejudiciais, mais engordativos, estes alimentos são as gorduras e não os açúcares. Sabemos hoje em dia que as gorduras engordam muito mais que os açúcares, pois têm mais calorias que eles (1 grama de gordura tem 9 calorias e 1 grama de açúcar tem 4 calorias). Acontece que, na maioria das vezes, as pessoas não comem açúcar puro, mas sim, doces (brigadeiro, quindim, bolos, tortas etc). Estes doces são bastante engordativos, não só pelo açúcar, mas porque apresentam gordura na forma de creme de leite, de chocolates e etc. 

Só vou emagrecer se fizer fortes exercícios físicos? 
Não - Não é necessária uma prática física muito violenta para se conseguir emagrecer. Sabemos que tão importante quanto os exercícios praticados em academias é a atividade física do dia-a-dia. Por exemplo: optar por subir um lance de escada ao invés de usar o elevador ou a escada rolante. Percorrer pequenas distâncias caminhando ao invés de ir de carro. Parece que não, mas estes pequenos atos ajudam a emagrecer, pois queimam calorias. 

Os medicamentos para a obesidade são sempre perigosos? 
Não - Eles apresentam uma grande utilidade, desde que criteriosamente empregados. Existe uma forte campanha contra os remédios que combatem a obesidade classificando-os quase como venenos. Existe também um exagero na administração desses medicamentos. 

Todas as pessoas com peso fora do controle devem tomar remédios para emagrecer? 
Não - Uma parte desses indivíduos não precisa de medicamentos para ter seu peso controlado. Uma modificação no seu estilo de vida, principalmente no seu comportamento alimentar, e um incremento em sua atividade física são procedimentos que devem ser praticados. Os remédios ficam para os casos em que o chamado tratamento convencional não resolveu o problema de obesidade e, particularmente, naquelas situações em que o estado da pessoa representa um risco para sua vida. 

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